Foi aprovada, em despacho da Ministra da Presidência, do Ministro da Economia e do Mar, da Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e da Ministra da Coesão Territorial, a Estratégia Nacional para uma Especialização Inteligente 2030 (ENEI 2030), construída pela ANI, que pretende acompanhar a velocidade da Inovação.
Esta ENEI assume uma importância estratégica, constituindo-se como agregador de uma estratégia nacional para uma especialização inteligente, como forma de promoção da inovação. O principal objetivo é ser um elemento facilitador da inovação, em linha com as necessidades e desafios do território nacional, sem esquecer as especificidades de cada região de Portugal.
A ENEI 2030 surge para ultrapassar os constrangimentos identificados, nomeadamente, o excessivo número de prioridades que existia na anterior ENEI (2014) com uma excessiva correlação e sobreposição entre si e o desalinhamento para com o modelo horizontal da estratégia europeia. Para além destes constrangimentos, a ENEI 2030 permite ultrapassar a deficiente articulação que se observava com sobreposições e contradições entre ENEI e EREI, propondo uma visão articulada multinível. Esta Estratégia resulta de um processo de construção colaborativo, como fruto do trabalho feito com as regiões e que resultou nas EREI, agora agregadas numa visão transformativa para o país, enquanto, “ecossistema de regiões de talento e inovação, onde a sustentabilidade, o ambiente criativo e a ciência convergem para a qualidade de vida”
Permitiu-se assim obter um documento vivo e dinâmico, que permite acompanhar os diferentes ciclos de inovação que sabemos cada vez mais curtos e rápidos. Este documento apresenta uma ENEI estruturada em 6 grandes áreas:
O desenho da estratégia resultou do culminar de um trabalho preparatório realizado ao longo de dois anos, acompanhado de stakeholders de todo o sistema nacional de inovação. Este trabalho de construção materializou-se na realização de 43 seminários e workshops, com a participação de empresas, centros de investigação, centros de interface, instituições parceiras, atores regionais, associações empresariais, peritos, num movimento alargado de auscultação que envolveu mais de 2000 pessoas.